Farol da Esquina

09 outubro 2006

Pedra sobre Pedra

Venho por este meio desmentir os rumores que andam a circular sobre a minha pessoa. Não, ainda não foi desta que bati as botas. Não, não sei se há banda larga no Além, precisamente porque não estou lá, mas peço a quem chegar lá primeiro que me mande um mail. O que eu sei é que no campo de refugiados onde estive estes últimos tempos (quem não se lembra do Gordon?) não havia Internet de banda larga. Isto confirma a versão dos jornalistas na qual estamos a ser bem tratados, depois da catástrofe que tanto "queriam" que se abatesse sobre nós. Quem consegue entrar para jornalismo, vai para a universidade, para a CNN, para a BBC... Quem não consegue deve de ir para a TVI ou para a SIC ou para a RTP. Mas antes que me crucifiquem, voltemos à realidade.

Acordei ao som de testes nucleares na Coreia do Norte, em Hwaderi (que a propósito também não tem banda larga). Pelo menos desta vez iremos ver algum fogo de artifício. Não será pois mais uma desilusão como foi o Iraque. Estávamos à espera que o Saddam metesse mãos à obra e demonstrasse que a indústria pirotécnica iraquiana estava tão avançada como os Estados Unidos diziam que estava. Mas esperámos em vão... ou talvez não. Das duas, uma: ou Saddam nunca teve armas de destruição maciça, ou, então, perdeu o controlo remoto das mesmas (partindo do pressuposto que as baterias não estavam viciadas). Talvez os arqueólogos encontrem o precioso telecomando desaparecido, talvez.

Mas agora vou dizer uma coisa séria, para variar: O que a Coreia do Norte fez é de extrema gravidade. Sim, porque em Julho realizou testes com mísseis lançando-os sobre o Japão, tendo vindo a despenhar-se sobre o Mar do Japão. Isto é perigoso... um foguete no telhado é sempre perigoso em terra de touradas. Tudo bem que este costume seja português e não se façam touradas na península coreana, mas a "tourada" diplomática pouco tem conseguido no que toca a desmantelar o fogo de artifício norte coreano. Se calhar os Estados Unidos estão à espera que se descubra petróleo em Pyongyang. No entanto não temos nenhuma razão para nos preocuparmos verdadeiramente. Aqueles mísseis podem cair em Tóquio, em Seul, em Sidney ou até em São Francisco, mas não em Cuba, Alentejo. Eventualmente o sudeste asiático pode assistir a uma proliferação de armas nucleares em resultado das acções norte coreanas (o Japão, a Coreia do Sul, Taiwan e a Austrália podem ficar com inveja de Kim Jong Il, não é?), mas desde que ninguém ponha um engenho nuclear na nossa Economia, nem nas mãos dos imigrantes ilegais, Portugal é o país mais seguro do mundo! Nós não precisamos de bombas atómicas... para resolver grandes males já temos... já temos a Cova da Moura. O nosso país devia seguir o exemplo da Coreia do Norte, afinal possuir armas nucleares é sinal de desenvolvimento e de poucos manicómios, apesar dos investimentos avultados conduzidos naquele país não incidirem sobre os norte coreanos vítimas da fome e da pobreza (do abandono). O custo do progresso e das bailarinas, dirá Kim Jong Il. Vamos abandonar a Cova da Moura?

Hoje deixo-vos um post do antigo Blog.


P.S.: Fui procurar o telecomando "perdido" do uncle Saddam.



Viver é como desenhar sem borracha.

Autor Desconhecido



Um velho pedreiro estava pronto para se aposentar. Informou o chefe da sua intenção de se aposentar e passar mais tempo com a família. Ele ainda disse que sentiria falta do salário, mas realmente queria aposentar-se. A empresa não seria muito afectada pela saída do pedreiro, no entanto o chefe ficou triste pela partida de um bom trabalhador, e, por isso, pediu-lhe para apenas trabalhar em mais um projecto, como um favor. O pedreiro não ficou agradado com a proposta, mas acabou por aceitar.


Notava-se que o pedreiro não estava minimamente entusiasmado com a ideia. Assim ele prosseguiu, realizando um trabalho de menor qualidade e usando materiais inadequados. Ele queria despachar-se, acabando por terminar a sua carreira de um modo negativo.


Quando o pedreiro terminou a obra, o chefe inspeccionou a casa construída. Depois virou-se para o pedreiro e deu-lhe a chave da casa, dizendo: "Esta é a tua casa. Ela é o meu presente para ti".


Muito surpreendido, o pedreiro pensou "Que pena!".


Se ele soubesse que estava a construir a sua própria casa, teria a feito de um modo muito diferente...


O mesmo acontece connosco. Nós construímos a nossa vida, um dia de cada vez e muitas vezes fazemos menos que o melhor possível na nossa construção. Depois, com surpresa, descobrimos que temos que viver na casa que construímos. Se pudéssemos fazer tudo de novo, faríamos tudo diferente. Mas não podemos voltar atrás.


Somos os pedreiros. Martelamos todos os dias, ajustamos tábuas e construímos alicerces. A vida é um projecto que nós próprios construímos. As nossas atitudes e escolhas de hoje estão a construir a casa em que vamos morar amanhã. É por isso que devemos construir a nossa vida com sabedoria. Trabalhando como se nunca precisássemos de dinheiro, amando como se nunca nos tivessem magoado, dançando como se ninguém estivesse a ver.

3 Comments:

  • Ainda bem que n foi desta k bateste as botas...lol

    By Anonymous Anónimo, at 12/10/06 20:23  

  • so 1 comment?? como é possivel?...bater as botas (sarcástica) andas a bater botas? para quê? agora tb bates botas? ok!..és uma caixinha de surpresa xD
    beijinho grande

    By Anonymous Anónimo, at 29/10/06 21:15  

  • Nós com a ausência dos teus comentários já andávamos preocupados, para a semana andará um de nós pela Terceira. :o)

    By Anonymous Anónimo, at 3/12/06 13:31  

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