Farol da Esquina

30 agosto 2006

Persistência e Perseverança


Acerca do problema dos cartões: fico feliz por não acontecer só a mim! Ainda bem que têm havido casos de cartões clonados, não é que deseje mal a ninguém mas é sempre bom não ser o único e convém que "o mal se distribua pelas aldeias" (ou pelas carteiras...). Não vale a pena resmungar, eu também passei o meu mau bocado.

Este Verão não faltou sol cá em Portugal. Se está nos arredores isso já é problema seu. Mas com o sol também vieram as costas vermelhas e a pele de cobra. Volta e meia estamos a "descascar", "a mudar de pele", a "desfarelar" e andamos armados em legumes, cada qual a ver que tomate está mais maduro, mais vermelho... Vegetais encarnados à parte, a moda dos escaldões surge numa época em que, entre os elevados preços do petróleo e a falta de sapatos em África, também há muitos protectores solares. Mas sabem como são as modas... não se explicam! Um grupo faz qualquer coisa e todos "vão atrás" e quando (quase) todos o fazem já não pode deixar de ser fixe! Pois os gnus também devem achar muito fixe atravessar um rio cheio de crocodilos, pois todos o fazem, yo.

Apenas tenho pena da moda do bronze. É verdade, agora que começava a habituar-me, porque não é fácil para alguém com pouca pigmentação adaptar-se... e não sou doutro planeta (que eu saiba), simplesmente a culpa é dos genes. E na tentativa da plena integração social, decidi optar pelo que é fixe, agora que já ninguém gosta de "bronzeados". Por isso já apanhei três escaldões este ano. Ainda estou a "descascar" do último. É bom, sabe bem... ser-se aceite pela sociedade, mesmo que nela impere uma mentalidade de herbívoros da savana africana: é fixe ó gnu!

Ainda assim não me lembro dos médicos promoverem os bronzeados... nem os escaldões, mas minha mãe sempre dizia para pôr o protector, nas costas, nos braços, na cara (ai as borbulhas), no nariz, nas pernas, nas orelhas, naquele sinal ao pé do pescoço e sobretudo nas pestanas e dedos dos pés, o essencial. O sol em excesso e o calor envelhecem a pele mas os escaldões são é vermelhos! E o calor? É da emoção!... e quando a emoção se descontrola ainda há quem se lembre de pôr pasta dentífrica na pele do emocionado! Mas isso só se deve fazer em casos de queimaduras... sim, para depois, quando se chegar ao hospital, ser necessário fazer um enxerto de pele, o que, em breve, pelo andar da carruagem, também estará na moda. Gelo, de preferência frio e sólido, apenas em último caso... obviamente. Viva a sociedade da informação e da saúde e bem-estar!

Não há vitamina E que nos valha...

Crocodilos e alguns gnus a menos: é a luta pela sobrevivência. O que têm os escaldões haver com isto? Nada. Daí que, remeta conclusões sobre a lógica deste fenómeno avermelhado e emocionante, para especialistas de renome... sobretudo ninguém habituado à palavra fixe. Até lá não se esqueçam de usar protector solar, o lobby do protector solar não está preocupado com o stock de pastas dentífricas e muito menos com a pele de alguns "gnus".



O sentido do dever de continuar está presente em todos nós. A obrigação de lutar é obrigação de todos nós. Eu senti o apelo desta obrigação.

Abraham Lincoln




Se procuras aprender sobre alguém que nunca desistiu, não procures mais.

Nascido na miséria, Abraham Lincoln defrontou-se com a derrota ao longo de toda a sua vida. Perdeu oito eleições, fracassou duas vezes nos negócios e teve um colapso nervoso.

Podia ter desistido muitas vezes... mas não desistiu. Acabou por se tornar um dos maiores presidentes na História dos Estados Unidos da América.

Lincoln jamais se rendeu:


1816 A sua família foi forçada a sair de casa. Ele teve de trabalhar para sustentá-la;

1818 A mãe morreu;

1831 Fracassou nos negócios;

1832 Concorreu a deputado estadual -- perdeu;

1833 Pediu dinheiro emprestado a um amigo para começar um negócio e, por volta do final do ano, estava falido. Passou os dezassete anos seguintes a pagar a dívida;

1834 Candidatou-se novamente a deputado estadual -- ganhou;

1835 Estava noivo, a sua noiva morreu e ele ficou desolado;

1836 Teve um colapso nervoso e ficou de cama durante seis meses;

1838 Indicado para porta-voz da Câmara Estadual -- derrotado;

1840 Indicado para o Colégio Eleitoral -- derrotado;

1843 Candidato ao Congresso -- perdeu;

1846 Candidato ao Congresso novamente -- ganhou -- foi a Washington e fez um bom trabalho;

1848 Candidato à reeleição para o Congresso -- derrotado;

1849 Indicado para o Cartório de Registo de Imóveis no seu Estado -- rejeitado;

1854 Candidato ao Senado dos Estados Unidos -- perdeu;

1856 Solicita a indicação para vice-presidente na convecção nacional do seu partido -- obteve menos de cem votos;

1858 Candidato ao Senado dos Estados Unidos novamente -- perdeu;

1860 Eleito presidente dos Estados Unidos da América.

22 agosto 2006

Manual de Humanidade


Contra todas as expectativas... aqui vai o terceiro post. Mas nem tudo são más notícias. Também há as notícias graves... é verdade também as há:

Deviam acabar com os cartões. Todos eles, excepto os de visita, pois nunca se sabe. É que parece que nascem com cola... tudo cola neles. Já não se pode pagar o almoço com um cartão (de crédito) sem que o empregado se cole a ele e "esqueça" que o cartão é nosso. Já não se pode alugar um filme com um cartão (de aluguer) sem que a máquina da loja de alugueres se cole a ele e se esqueça de devolvê-lo. Até qualquer um conseguiria viver com esta realidade, mas o meu trauma foi maior porque não era o empregado que estava ao balcão, mas sim o dono do restaurante, e a máquina também ficou com o DVD que aluguei... Até compreendo a imensa falta de respeito do dono do restaurante, mas a máquina é incompreensível. No entanto a culpa é do cartão (que cola) pois se formos ver as semelhanças das histórias veremos que há sempre um cartão (que cola) envolvido e não vamos discutir o livre arbítrio nem do dono do restaurante nem da máquina de alugueres. De qualquer maneira 23:51 não são horas de postar.





A Vida é uma sucessão de lições que têm de ser vividas para serem compreendidas.

Helen Keller



As Regras para se ser Humano


1. Recebemos um corpo.

Podemos ou não gostar dele, mas será nosso durante toda a Vida.


2. São-nos apresentadas lições.

Você está inscrito a tempo inteiro na escola informal chamada "Vida". Todos os dias, na escola, vai ter oportunidade de aprender lições. Pode gostar ou detestar, mas elas fazem parte do seu currículo.


3. Não há erros, apenas lições.

O crescimento é um processo de experimentação, uma série de tentativas, erros e vitórias ocasionais. As experiências falhadas fazem tanto parte do processo como as que funcionam.


4. As lições serão repetidas até serem aprendidas.

As lições vão ser-lhe repetidas de várias formas até as ter aprendido. Quando as tiver aprendido, pode prosseguir para a próxima lição.


5. A aprendizagem nunca chega ao fim.

Não há parte nenhuma da Vida que não contenha as lições. Se está vivo(a), tem lições para aprender.


6. «Depois» não é melhor do que «Agora».

Quando o seu «Depois» se tornar um «Agora», você apenas obtém um outro «Depois», que lhe parece melhor do que o seu presente «Agora».


7. Os outros são apenas espelhos de nós.

Não podemos gostar ou detestar alguma coisa noutra pessoa se isso não reflectir alguma coisa que gostamos ou detestamos em nós próprios.


8. O que fazemos da nossa Vida depende de nós.

Você tem todos os utensílios e recursos de que necessita. O que faz com eles é da sua conta.


9. Todas as respostas estão dentro de nós.

Tudo o que tem de fazer é olhar, escutar, e confiar.


10. Esquecemos tudo isto ao nascer.

Mas pode lembrar-se quando quiser.


(adaptado) Chérie Carter-Scott

14 agosto 2006

Prestar Atenção


Vou fazer uma festa. Ninguém esperava que voltasse a postar tão cedo. Eu sei, eu sei... já recebi críticas pelos meus excessos no último post. Acusaram-me de falta de seriedade... pois afinal não se sabe bem se é Floribella ou a 3.ª série de Morangos com Açúcar que é a telenovela mais vista em Portugal. Mas eu nem vejo novelas... só aquela novela do Simão Sabrosa, que afinal ficou no Benfica (ou não).

Ameaças de morte à parte, por ser mais um daqueles parasitas que tem um Blog e rouba milhares de leitores aos jornais (milhares...) e também por não ter originalidade nenhuma... aqui está a segunda tentativa de:

1 - Reconduzir o trabalho iniciado no antigo Blog;

2 - Continuar a missão que me foi confiada pelo padre da paróquia;

3 - Não sei e também não interessa.





Estar consciente não é mais do que estar atento -- o composto de todas as coisas a que damos atenção.

Deepak Chopra



Era uma vez um homem religioso que tinha uma fé inquebrantável em Deus. Ele rezava todos os dias e achava que, se acontecesse alguma coisa, Deus estaria lá para tomar conta dele.

Um dia começou a chover. A aldeia do homem ficou inundada, e toda a gente se apressou a fugir. Algumas pessoas passavam pela casa dele de carro, e insistiram para ele ir com eles, para um lugar mais seguro.

A resposta foi, "Deus vai salvar-me".

A chuva continuou a cair, até que a água subiu tanto que o homem teve de subir para o segundo andar da casa para estar seco. Passou um barco e as pessoas dentro dele insistiram para ele subir e ir com eles.

Mais uma vez respondeu, "Muito obrigado, mas Deus vai salvar-me".

Em breve o homem teve de subir para o telhado para evitar a água que continuava a subir rapidamente. Um helicóptero passou ali por cima e o piloto gritou, "Eu atiro-lhe uma corda e nós puxamo-lo para cima".

Pela terceira vez, o homem recusou. "Abençoados sejam," disse ele ao piloto, "mas Deus vai salvar-me. A qualquer momento, vai ver, Deus vai fazer qualquer coisa e eu serei salvo".

Alguns minutos depois o nível da água subiu ainda mais, arrastando o homem para o mar onde se afogou. Ele foi para o Céu, e quando Deus estava a verificar os recém chegados, ficou surpreendido por ver o homem religioso.

"Não é suposto estares aqui!", disse Deus. "Ainda não chegou a tua hora. O que estás a fazer aqui?"

O homem disse a Deus, "Eu acreditei em Ti. Eu acreditei que Tu me havias de salvar. Esperei e esperei, e Tu nunca vieste. Que foi que aconteceu?".

Deus respondeu-lhe, "Enviei-te um carro, um barco e um helicóptero. Que mais querias?".

11 agosto 2006

das Águas Mansas... até ao Farol da Esquina


Um bom começo, até parece aqueles romances em forma de diário, só que este dava um grande filme:

No dia 8 de Março de 2005, há mais de um ano atrás, resolvi criar um Blog diferente. Se é diferente ou não já é outra história! Não fazia intenções de o manter, pelo menos por muito tempo. Era mais uma brincadeira do que outra coisa, mas a verdade revelou-se outra. Apesar de não ter muita disponibilidade para o manter actualizado com frequência, muitas vezes passando alguns meses sem postar nada, não optei por acabar com o Blog. A esta aventura dei-lhe o nome de Águas Mansas em alusão a todos os barcos que procuram porto seguro, pois afinal todos nós passamos por tempestades lá de vez em quando ou perdemos o rumo e precisamente porque o intuito do Blog era, e é, fazer pensar, reflectir, até sobre as coisas mais insólitas, mais simples, mais remotas... às vezes precisamos de navegar em "águas mansas".

E no meio desta alegoria não fazia mal nenhum acrescentar um farol. Esta aventura muda-se por fim da sua antiga casa, o Blog Águas Mansas, para o Farol da Esquina. Sim, um farol porque estes só vivem para guiar quem anda perdido. Mas não sou eu que vou só viver para isso. Céus não! Mas o Blog sim. No entanto não recomendo as barbaridades deste Blog apenas aos perdidos. Qualquer um pode aqui vir, espreitar e dizer as suas barbaridades também. Polémicas e insultos à parte, não vou usar (pelo menos tentarei) o Farol da Esquina para tomar partido sobre algum assunto, este Blog abandonado apenas serve para criar pó e pôr as vossas cabecinhas a pensar, pois eu não quero pensar nem reflectir, sou preguiçoso sabem, mas vocês podem pensar e reflectir o que quiserem... e não se preocupem, os comentários não incomodam. Mas por que carga d'água o farol tinha de ser da esquina?! Oh pá porque fica mesmo ali na esquina e como sou preguiçoso não quero andar muito. Mas para quem não ficar convencido da minha preguiça, ainda tenho outra resposta: pois boa pergunta!

Não pretendo que este seja um Blog sério, se bem que possa ser essa a primeira impressão que provoca. Não me preocupo se o visitam muito ou pouco, afinal estou me a borrifar para isto ou porque é que pensam que tenho uma média de 1 post por cada 2 meses? Claro que não tenho mais nada para fazer e também ainda não inventaram Blogs que se escrevam por si, o que realmente é uma maçada.

Tal como receava, o primeiro post no Farol da Esquina excedeu o limite de palavras que a maioria dos portugueses consegue ler de uma assentada. Se estás a ler isto é porque és uma das pessoas mais cultas de Portugal. Dou-te os meus parabéns. Mas como deves ser a única pessoa que leu até aqui então és a segunda pessoa mais culta do país. Modéstia à parte mas a pessoa mais culta sou eu, obviamente, porque ainda estou a escrever. E se tens dúvidas tenta escrever mais barbaridades do que eu. Mas é melhor ficar por aqui, senão ainda sou multado por excesso de barbaridades. Ups mais uma "barbaridade"...



Farol da Esquina

As novas instalações da célebre barbaridade electrónica foram inauguradas oficialmente a 11 de Agosto de 2006, mas só porque era feriado municipal, pelo Activista dos Direitos dos Políticos-sem-Escrúpulos, o Dr. ...(vandalizaram a lápide, não dá para ver) sendo então a telenovela mais vista em Portugal a 3.ª série de Morangos com Açúcar.